A Oficina para Diagnóstico Precoce da Hanseníase teve início no dia 13 e vai até 15 de setembro, no Hospital Colônia do Carpina. O evento está sendo promovido pela 1ª Coordenação Regional de Saúde (1ªCRS), e tem como objetivo capacitar os profissionais de saúde do Território da Planície Litorânea para a realização do diagnóstico precoce da doença.
O público presente são médicos e enfermeiros dos municípios que abrangem a 1ª CRS, além de alguns pedagogos. Os mesmos serão multiplicadores de todas as informações em seu município de trabalho. A programação trata temas variados sobre a hanseníase, entre eles, o histórico; vigilância e aspectos epidemiológicos; sinais e sintomas; diagnósticos; modo de transmissão e tratamento.
Durante o curso são realizadas leituras e discussões a cerca do assunto, abordando pontos como; a realidade do portador da doença, preconceitos e estigmas sobre a hanseníase para mobilização social e superação dos mesmos.
A hanseníase é uma doença causada por uma bactéria chamada bacilo de hanse, que ataca a pele e os nervos do corpo; quando diagnosticada precocemente possibilita um tratamento imediato e consequentemente sua eliminação.
Segundo Dra. Cirene Serpa, médica do município de Cocal e uma das ministrantes do curso, a capacitação dos profissionais de saúde é muito importante para que os mesmos estejam habilitados para realizar o diagnóstico precoce da doença. “Se você consegue fazer o diagnóstico precoce da hanseníase pode tratar a tempo oportuno para quebrar a cadeia epidemiológica, além de evitar incapacidades e deformidades, contribuindo para que o estigma da doença seja eliminado, disse”. Ela ressaltou ainda o preconceito e o medo que as pessoas tem dos portadores de hanseníase, não só as pessoas como o próprio hanseniano. “A própria pessoa fica com baixa estima por causa das sequelas que podem acontecer caso a doença não seja identificada e tratada a tempo”; destacou.
Para Monique de Aquino, enfermeira do município de Cajueiro da Praia, as capacitações são indispensáveis para que os profissionais de saúde realizem o diagnóstico precoce da hanseníase. “É extremamente necessário essas capacitações, pois temos uma carência de informação a cerca da hanseníase; capacitados estaremos mais habilitados para trabalhar com maior eficácia”, disse.
O evento foi completo, incluindo teoria e prática. Os participantes tiveram a oportunidade de simular um atendimento de caso de hanseníase passo a passo. “Estamos conciliando a teoria e a prática, mostrando como são realizados os exames clínicos que são fundamentais, pois é o que os profissionais irão trabalhar”, destacou Jesus Rocha, enfermeira da Regional de Saúde de Parnaíba.
Confira as fotos do evento.
